Nos últimos anos, Sergipe tem se destacado como um importante polo de artistas e da cena eletrônica no Nordeste do Brasil. Com uma comunidade unida e uma cultura club bem estabelecida, o estado tem revelado talentos que estão ganhando reconhecimento mundial. Mas como o menor estado do Brasil, localizado no Nordeste, conseguiu se estabelecer em um cenário tão competitivo, dominado por outros gêneros musicais fortes? Conversamos com dois talentos de sergipe os DJs e produtores Rokke e Navarro, para entender mais sobre isso.
Rokke: Groove e Sons Percussivos
Rokke é conhecido por suas produções com tendências em sons mais percussivos, que trazem vida e energia às suas músicas. Com diversos lançamentos de sucesso, ele conquistou uma lista impressionante de suportes de grandes nomes da cena eletrônica, como Michael Bibi, Clonnee, Gabe e Mochakk. Seu último sucesso, “Diamonds”, recebeu suporte de uma lista enorme de DJs renomados, incluindo Jamie Jones, Joseph Capriati, Ilario Alicante, Paco Osuna, Eats Everything, Stacey Pullen, Groove Armada, Yousef, Dennis Cruz, entre muitos outros.
Além de seu sucesso como produtor, Rokke também foi professor de produção de Navarro, mostrando seu papel fundamental na formação de novos talentos.
Navarro: Representando o Minimal Deeptech e Tech House
Navarro, DJ e produtor de Aracaju, tem conquistado o cenário mundial com seu som minimal deeptech e tech house. Ele já recebeu apoio de grandes nomes como Marco Carola, Solomun e The Martinez Brothers. Como um dos líderes do coletivo Gang Room e residente da Fabric Club, onde comanda a festa “Shut up I’m a Star”, Navarro tem se destacado com lançamentos como a faixa “Champagne” pela Mood Child
Perguntamos
P4: O que torna a cena eletrônica de Sergipe tão especial?
Rokke: “A cena sergipana é pequena, mas muito bem elaborada. A comunidade é extremamente unida, o que fortalece a cultura club. Clubs como a Fabric ajudam a manter essa união e a diversidade de gêneros, permitindo que a cena amadureça cada vez mais.”
Navarro: “Concordo com Rokke. A colaboração entre os artistas é fundamental. Todos se ajudam e isso eleva o nível profissional e expande a cena. Foi o que aconteceu comigo, o Rokke me ajudou bastente no meu inicio, e quero passar esse conhecimento a diante. É incrível ver como a música eletrônica em Sergipe está crescendo e ganhando reconhecimento.”
Sergipe tem se tornado um polo importante para a música eletrônica no Nordeste graças à sua cena bem estruturada e à união de sua comunidade. Com novos talentos surgindo, o estado está ganhando destaque no cenário mundial, mostrando que a música eletrônica brasileira tem muito a oferecer. A cultura club fortalecida e a colaboração entre artistas são fatores chave para esse crescimento da cena eletrônica sergipana.
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