Antes de ser uma referência na música eletrônica, Ratier é herdeiro de fazendeiros em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, em meados dos anos 90, Renato trabalhava nas fazendas da família, mas era o cara que trazia para a cidade o sopro moderno dos grandes centros urbanos. Cada vez que desembarcava de uma nova temporada fora, ele inventava algo especial. Teve loja de discos, café, criou uma marca de roupas, uma multimarcas, produzia fanzines e programas de rádio, até criar sua obra-prima particular, a D-Edge, que virou referência de vanguarda no centro-oeste. Enfim, era ele quem fazia a cabeça de uma legião de jovens ávidos por novidades.
A abertura da D-Edge em São Paulo selou a relação permanente com a cidade. Tornando-se a principal balada da capital paulistana e uma das principais do mundo, com passagem dos melhores da cena global.
Um dos principais fatores que fazem a singularidade da D.EDGE é o seu design sofisticado. Reconhecido mundialmente pela excelência de uma identidade tão única, o clube construiu seu prestígio ao manter elevados níveis de elegância em torno de uma arrojada proposta visual. Muito mais que uma questão de mera decoração ou arquitetura, cada elemento é pensado com cuidado para formar uma totalidade que intensifica a experiência sensorial de todos em seu interior.
A união entre o talento do brilhante Muti Randolph e a inventividade de Renato Ratier criou as condições perfeitas para que a sinergia entre sonoridade e iluminação fosse acentuada ao máximo nessa atmosfera particular, na qual a sinestesia possui um papel central. A “caixa preta de som e luz” tornou-se um clássico e granjeou reputação global entre os amantes não apenas da boa música que a casa sempre procurou promover, como também de todos os interessados naquilo que uma ambiência singular pode oferecer.
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